Morreu às 6 horas da manhã deste sábado, 26, Roberto Guerra Cavalcante. Guerra, como era conhecido, foi presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo (Sintaema) de 1985 a 1988. Sua gestão foi o marco do processo de renovação da entidade.
Guerra também participou da primeira Executiva da CGT, eleita em 1986. Caso raro no sindicalismo, ficou só um mandato no sindicato, mesmo sendo presidente, e deu o seu decisivo apoio para que eu o substituísse na presidência, fato que viria a marcar o essencial de minha trajetória política posterior.
O meu companheiro e amigo Guerra, carioca, vascaíno e apaixonado por São Paulo, militou na Ação Popular e no PCB. Não sei de suas opções partidárias depois disso. Seguiu carreira profissional como economista durante cerca de 30 anos na Sabesp, empresa de saneamento básico de São Paulo, onde também ocupou a presidência da Associação dos Profissionais Universitários.
Guerra estava com 63 anos e nos últimos anos teve diversos problemas de saúde. Ponte de safena, cirurgia de próstata, aneurisma e problemas nos pulmões. Ao se recuperar de uma séria cirurgia pulmonar, não resistiu a uma infecção hospitalar e morreu.
Acompanharam seu sepultamento companheiros de militância, de trabalho e seus parentes, a maioria dos quais mora no Rio de Janeiro. Todos recordávamos as características singulares do Guerra. Franco, leal, duro às vezes, errático quase sempre, uma figura!
Sua partida precoce nos surpreendeu. Guerra planejava aposentar-se no início do ano que vem e dar uma guinada na vida. Morar na Bahia, curtir novos amores na vida, viver saudavelmente, já que recebera a recomendação de decifrar o terrível enigma: viver a vida com prazer, sem cigarro e sem cerveja, todavia...
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