O Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (SINAL) edita uma revista chamada "Por Sinal". Na edição nº 29, de novembro, há uma uma matéria que me chamou a atenção, escrita por Paulo Vasconcellos. Nela, o jornalista do SINAL aborda um tema muito falado mas pouco conhecido que são as reservas cambiais.
Segundo a revista, o Brasil tem US$ 220 bilhões de reservas e é o quarto maior financiador dos EUA, superado apenas pela China, Japão e Reino Unido. A manutençao dessas reservas tem um custo anual de R$ 33 bilhões, 1% do PIB. Causa: diferença entre o custo de captação (taxa Selic de 8,75%) e a remuneração dos ativos aplicados no mercado internacional que é de 0,25%, taxa americana.
O benefício marginal do acúmulo de reservas, segundo a revista, é menor do que o custo, daí a necessidade de aumentar a rentabilidade das reservas para diminuir o custo das operações. O caminho para isso é a diversificação das aplicações, diminuindo o peso das aplicações em títulos do Tesouro dos EUA.
Apesar disso, ainda segundo a revista, as reservas cambiais são importantes para o Brasil. Tem o seu custo, mas ajudaram na travessia da crise e garantem uma margem de manobra maior na gestão da política cambial e monetária. A esse respeito, é sempre bom lembrar a famosa frase da Conceição Tavares, segundo a qual "crise inflacionária aleija e crise cambial mata".
Para quem tiver interesse, a íntegra da matéria está disponível no endereço www.sinal.org.br. Lá é possível acessar estas e outras matérias do Sindicato dos Funcionários do BC.
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