A nossa Capital Federal, a partir de hoje, é cinquentona. A bodas de ouro de Brasília deve ser comemorada? Claro que sim! Só os liberais tem ojeriza por Brasília. Odeiam o estado, o serviço público e os trabalhadores desse setor. Danem-se eles!
Reza a história que Marquês de Pombal, primeiro-ministro de Portugal (1761) foi o primeiro a acalentar a ideia de interiorizar a ocupação do país com a transferência da Capital para uma região central. José Bonifácio, o nosso Patriarca da Independência, teria tido a primazia, no distante ano de 1823, de propor que a nova capital se chamasse Brasília. Os dois com visão estratégica, de estadista, pensando grande, na soberania e integridade territorial de um país de dimensões continentais.
Coube ao governo de Juscelino Kubitschek, no entanto, a honra histórica de ter promovido a mudança da Capital Federal do Rio de Janeiro para Brasília, há exatos cinquenta anos. Para ele, essa obra foi a meta-síntese do seu famoso Plano de Metas, fazer cinquenta anos em cinco.
Brasília foi fundada em meio a um grande desenvolvimento do país, com a auto-estima do povo em crescimento, menos de dois anos depois da conquista da primeira Copa do Mundo, na Suécia. Um parentêsis para a Copa: "A Taça do Mundo é nossa,/ Com brasileiro, não há quem possa/ Êh eta esquadrão de ouro/ É bom no samba, é bom no couro".
A nossa Capital Federal tem mais de 2,6 milhões de habitantes, é a quarta maior cidade do país. Nos dias de hoje, onde qualquer obra pública é muito questionada - não se pode nem fazer mais hidrelétrica no Brasil! - seria impensável realizar um empreendimento dessa envergadura.
Brasília ajudou a mudar o centro de gravidade do país, antes totalmente voltado para as faixas litorâneas. Um panaca escreveu que Brasília, "que não produz nem um parafuso", é alimentada com o dinheiro de todos os brasileiros. Mistificação pura!
Essa visão conservadora e preconceituosa contra Brasília tem dois componentes: a estatofobia dos neoliberais, que sentem chiliques com a onipresença do Estado no Distrito Federal. A outra é a aversão à política, onde se procura estigmatizar o parlamento, os partidos, as instituições da República lá sediadas.
Um brinde à Brasília, uma saudação especial ao urbanista Lúcio Costa e ao arquiteto comunista Oscar Niemeyer!
Muito bom!
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