Na próxima sexta-feira, dia 21, será formalizado o apoio do PCdoB à candidaduta do senador Aloízio Mercadante ao governo de São Paulo. No mesmo dia, o vereador Netinho de Paula e a ex-prefeita Marta Suplicy serão confirmados como candidatos ao Senado pela coligação.
O candidato a vice na chapa do Mercadante ainda não está definido. A construção de uma chapa ampla, para dar um caráter frentista mais claro na disputa, deveria se inclinar, segundo minha opinião estritamente pessoal, por um nome do PDT para vice.
A imprensa tem especulado que setores do PT voltam a trabalhar com a hipótese de chapa puro-sangue. Em política, geralmente chapa puro-sangue coagula, e nas recidivas isso pode ser fatal.
O peso político e eleitoral de São Paulo faz com que a eleição no Estado seja bastante ligada à disputa nacional. A situação de crescimento das intenções de voto em Dilma e o aumento consistente da popularidade do governo Lula podem reverter o aparente favoritismo dos tucanos paulistas.
Essas condições, bem mais favoráveis do que nas eleições de 2006, e o amplo leque de partidos que se somam no apoio à chapa liderada por Mercadante, podem pavimentar o caminho de uma competitiva campanha para a sucessão estadual.
Esses fatores devem pesar mais do que as conveniências internas do PT. Juntar dois senadores do mesmo partido é, como dizem os hermanos, más de lo mismo. Esse filme já se viu antes. O final pode ser diferente, por que a história não se repete: ou é farsa ou é tragédia, como ensinou o professor Karl Marx.
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