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terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
A noiva 'tá rica demais"!
Há muito tempo o PMDB é a noiva da vez. Só que a noiva, agora, está rica e poderosa, tem muitos dotes e os pretendentes vão precisar de bons e consistentes argumentos para atraí-la para o consórcio.
Eu pensei que o PT estivesse enrolado na sucessão das duas Mesas, mas, pelos resultados, o partido foi fiel: seguiu não o figurino petista, mas o lulista - que, por sinal, parece brincadeira, avançou ainda mais na popularidade.
Lula e o PMDB parecem estar com as rédeas de 2010 nas mãos. Depois dos diversos gols de Serra (atraiu o Quércia e o Alckmin, entre outras coisas), parece que o presidente Lula deu uma virada de razóaveis proporções. O PMDB ficou mais próximo de Lula e, de quebra, Serra cometeu um erro: apoiou o derrotado Viana, uma desmoralização em si, além de liquidar de vez qualquer possibilidade com o clã Sarney.
A propósito, no ato organizado pela Via Campesina e o MST para homenagear os 50 anos da Revolução Cubana, em Belém (FSM/2009)o governador do Maranhão, Jackson Lago, participou e foi bastante prestigiado. Havia até um grupo que gritava "Xô, capataz, Sarney nunca mais!". Um deles, inclusive, cobrou o voto do Inácio Arruda ao Tião Viana, alegando que era necessário "acabar com o Sarney".
Eu retruquei que mais importante que o voto solitário do Inácio era o apoio do Lula ao Sarney. Ele que cobrasse o Lula e parasse de encher o saco do PCdoB. Acrescentei que a lógica de 2010 (mais importante do que a briga Sarney/Jackson Lago no Maranhão) era a que presidia os arranjos políticos.
Já o bloquinho não conseguiu o que queria: levar a eleição da Câmara para o segundo turno. Ciro e Aldo, juntos, obtiveram 40% dos votos, o que não é pouca coisa. Acredito que parte do PDT tenha votado no Aldo, a despeito do assédio que o Lupi sofreu e que, em uma única tacada, encaçapou duas bolas: levou o PDT a apoiar o Temer e sair do bloquinho.
A Folha de São Paulo, em campanha para o Serra, registrou o golpe. Chora até agora com as vitórias do PMDB, em particular a do Sarney. Para minimizar a vitória lulista, o jornal fez um quadro do tipo quem ganhou e quem perdeu: pela lógica da Folha, o PSDB perdeu e o Serra ganhou. Ganhou o quê? O Temer como aliado na presidência da Câmara.
Especulações à parte, uma grande e estratégica definição é aguardada: o que fará o PMDB?
Outras variáveis (Aécio, Ciro, Bloquinho), momentaneamente ficam em segundo plano.
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