sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Sabedoria oriental


Xu Zhen Huan, vice-presidente da Federação de Sindicatos da China, apresentou um documento sobre a crise e o seu impacto para os trabalhadores. O texto foi lido em uma reunião internacional de sindicalistas realizada este mês, na China.

Com o título "Colocar o Ser Humano em Primeiro Plano, Enfrentar em Conjunto a Crise", Huan faz uma abordagem sobre as causas da crise, seus efeitos na China e no mundo, em particular sobre os trabalhadores, e os meios de enfrentá-la.

Huan considera que ainda não se pode mensurar a profundidade da crise e aponta que as causas do tsunami mundial são: 1) inadequação das políticas macroeconômicas, 2)excessiva expansão das instituições financeiras e a busca desequilibrada de lucros, 3) desregulamentação da economia, 4) riscos elevados com o uso de derivativos.

Essa situação tem provocado, segundo ele, desemprego e turbulências, abalando, inclusive, a própria China, que se vê em um cenário de dificuldades para exportar, ociosiodade nas indústrias têxteis e de aço, desemprego, desaceleração econômica, atraso de salários em algumas empresas e o drama de 20 milhões de imigrantes camponeses desempregados.

Frente a estas dificuldades, huan diz que a China busca fortalecer a demanda doméstica para aumentar o consumo e estimular o crescimento. Para tanto, amplia as despesas públicas, reduz impostos e juros, promove ajustes e revitalizações nas indústrias e inovação técnico-científica.

A meta dos chineses é assegurar um desenvolvimento estável e rápido e, com isso, também ajudar a economia mundial. Neste rumo, definem quatro prioridades:
1) Crescimento e desenvolvimento; 2) Assegurar empregos, salários e direitos dos trabalhadores; 3) capacitação profissional para elevar a qualidade dos trabalhadores e 4) garantir assistência aos carentes (desempregados).

De forma mais geral, o vice-presidente da Federação dos Sindicatos da China considera que 1) cada país tem que cuidar bem dos seus próprios assuntos; 2) reformar as instituições multilaterais do mundo; 3) cobrar responsabilidade dos "parceiros sociais" e 4) garantir união e harmonia no omovimento sindical internacional.

Paz, desenvolvimento, promoção da cooperação e defesa dos direitos e interesses dos trabalhadores são as palavras de ordem do sindicalismo chinês.

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