Eleição presidencial no Brasil sempre foi problemática. Não há sucessão presidencial tranquila. Vargas se suicidou, Jango foi deposto, JK enfrentou ameaça de golpe, Jânio renunciou. Nem na transição entre os militares na ditadura a coisa era simples. Dizem que nas reuniões do Alto Comando a briga era feia para escolher o sucessor do presidente de plantão.
A briga, agora, não vai ser diferente. Lula já enfrentou ameaça de impeachment, a mídia metralha diuturnamente o seu governo e, ao se aproximar as eleições, busca por todos os meios tumultuar o jogo, o que não foi possível com as sucessivas campanhas de desgaste e com os efeitos mitigados de uma crise econômica que se prenunciava dramática para o país.
De todos esses fatores, talvez a arma mais letal da oposição seja a divisão no campo governista. Tentaram com a Heloísa Helena nas eleições passadas, não deu certo. A bola da vez agora é a senadora Marina, apontada como provável candidata presidencial pelo anódino PV.
Jogo embolado, o Ciro Gomes também se apresenta, acionando sua metralhadora giratória que a todos atinge, menos um, o governador deMinas, Aécio Neves. Essa história de palanques múltiplos pode jogar a sucessão para a incerteza, o que, nas atuais circunstâncias, favore o oposicionismo sem discurso para enfrentar a popularidade do governo Lula.
Nenhum comentário:
Postar um comentário