quinta-feira, 13 de agosto de 2009

A isca e o anzol

Lopo depois do fim da guerra fria, o imperialismo americano jogou três iscas na América Latina. Segundo os estrategistas ianques, todo o Continente deveria se unir na luta pela preservação do meio ambiente, em defesa dos direitos humanos e contra o narcotráfico.

Essas três iscas trazem à tona o famoso dito popular "faça o que eu mando, não faça o que eu faço". "Defendem" o meio ambiente e se recusam a assinar o Protocolo de Kyoto, falam em Direitos Humanos e praticam torturas e outras atrocidades nas guerras e na prisão de Guantânamo, consomem metade da cocaína do mundo (fonte: prof. Paul Kennedy, dos EUA) e querem montar bases em países como a Colômbia a pretexto de avançar na luta contra o tráfico de drogas.

Na questão ambiental, eles procuram demonizar o Brasil, que não cuidaria devidamente de reservas ambientais como a Amazônia, tudo para legitimar ingerências que ferem a nossa soberania e ameaçam a nossa integridade territorial.

Ao militarmos em defesa de causas justas, temos que tomar cuidado. Um deles: ao enxergar a isca e não perceber o anzol, podemos comprar gato por lebre. A proposta mais justa na questão ambiental atende pelo nome de DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL. O substantivo desenvolvimento não pode ser ignorado ou subestimado vis-à-vis o adjetivo sustentável.

Países como o Brasil precisam se desenvolver, utilizar de forma inteligente e racional os seus gigantescos recursos naturais, explorar sua biodiversidade e suas ricas províncias minerais, tudo para melhorar a qualidade e as condições de vida do povo em harmonia com a natureza.

Essa opção estratégica se opõe às visões "santuaristas", segundo as quais não se pode mexer em nada da natureza e também às concepções predatórias, que em nome do pragmatismo imediatista ignoram a necessidade de preservar o ambiente para as atuais e futuras gerações.

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