A Central Única dos Trabalhadores realizou o seu X Congresso a semana passada,em São Paulo. Manteve boa parte da direção, inclusive o presidente reeleito, Arthur Henrique, urbanitário de São Paulo. De relevante, talvez a mudança na vice-presidência, agora com o metalúrgico de São Bernardo do Campo, Feijóo.
Li rapidamente as teses do Congresso. Não encontrei novidades, a não ser uma tentativa de minizar a perda de representatividade da CUT, com a saída de diversos segmentos. A derrota no Congresso da Contag teve como contrapartida a criação de uma coordenadoria de rurais, que, à primeira vista, tende a acirrar a divisão, na medida em que estimula ou libera a criação de entidades paralelas onde a Fetag estadual não for filiada à central.
Independentemente dessa postura, há um caminho a ser percorrido: a luta pela unidade das centrais sindicais. A proposta da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil - CTB - de realização de uma nova Conclat - Conferência das Classes Trabalhadoras - persegue alguns objetivos essenciais para o desenvolvimento da luta dos trabalhadores.
Em primeiro lugar, construir a unidade das centrais, definir um plano de lutas comum, constituir uma coordenação e intervir unitariamente na luta, coisas que já existem em estágio embrionário, elevaria a um novo patamar a luta do sindicalismo brasileiro.
Em segundo lugar, mas não menos importante, essa unidade pode jogar papel decisivo nas eleiçõs gerais de 2010, onde estarã em jogo a continuidade e aprofundamento do ciclo progressista inaugurado com a vitória de Lula em 2002 ou o retrocesso neoliberal arquitetado pelas forças conservadoras do Brasil. Isso não é pouca coisa. Fazer um primeiro de maio unificado em 2010 poderia ser a senha para deslanchar essa proposta.
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