O alto crescimento do PIB brasileiro no segundo trimestre superou todas as expectativas. No segundo mandato do Lula, é a segunda maior elevação. Essa notícia trará impactos positivos na economia e na política.
O PIB é calculado da seguinte forma: PIB = C + I + G + X - M, onde C=consumo privado, I=investimento, G=gastos governamentais, X=volume total de exportações e M=volume de importações.
No Brasil, o consumo privado, principalmente o consumo das famílias, tem sido uma importante âncora tanto para amortecer o impacto da crise como para alavancar o crescimento econômico.
Por isso a importância social e econômica da política de valorização do salário mínimo e de outros rendimentos, dos programas de transferência de rendas, do crédito consignado e outras medidas distributivistas que fortaleçem o mercado interno.
Da mesma forma, ao contrário do que papagueia a mídia liberal, os gastos governamentais também são necessários para enfrentar e superar a crise. O mérito do governo Lula foi o de manter essas políticas no auge da crise.
A sustentabilidade do crescimento, no entanto, requer a elevação maior dos investimentos públicos e privados, o aumento da formação bruta de capital fixo, na empolada língua dos economistas. Requer, entre outras coisas, o barateamento do dinheiro via redução dos juros e spreads bancários.
Seja como for, o vento sopra para o lado do governo. Sempre que isso acontece, a oposição, vanguardeada pela mídia, procura mudar o foco do debate. Geralmente com escândalos, denúncias e outras questões periféricas.
O que interessa mesmo para o Brasil e para a imensa maioria dos brasileiros é uma outra agenda, que coloque no centro a luta por um novo projeto nacional de desenvolvimento. Esse é o debate que interessa.
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