Nas eleições gerais do ano que vem, sobram dúvidas e faltam certezas em São Paulo. Uma questão a ser resolvida é a provável candidatura de Serra à presidência da República. Ele precisa, antes, se acertar com o Aécio. Feito o acerto, fica a pergunta: se não for candidato à reeleição, quem Serra apoiaria em São Paulo?
Dizem que ele apoia qualquer um, desde que não seja seu desafeto Geraldo Alckmin. Ocorre que seu nome in pectore, o chefe da Casa Civil Aloysio Nunes, patina nas pesquisas. Seu fiel aliado, o prefeito Kassab de São Paulo, vive um inferno astral, mas dizem que ele é uma carta na manga do governador Serra.
Para o lado da oposição as coisas também estão indefinidas. Começa com o favoritismo do tucanato, que desde 1995 está instalado no Palácio dos Bandeirantes.
O PT trabalha com os nomes do prefeito de Osasco, Emídio de Souza, do deputado federal Antônio Palloci, da ex-prefeita Marta Suplicy ou com o ex-presidente da Câmara federal, Arlindo Chinaglia.
Todos, cada um a seu modo, com dificuldades para ameaçar a hegemonia do PSDB no Estado. O PDT parece que desistiu de propor o nome do Dr. Hélio, prefeito de Campinas, e a opção Ciro Gomes, do PSB, está em ponto morto.
A política e o xadrez tem algumas semelhanças. Duas delas: é importante dominar o centro do jogo e ter a iniciativa no movimento das peças. Esses fundamentos parecem em falta no tabuleiro sucessório paulista, nos dois lados, situação e oposição.
Pelo peso político e eleitoral, as definições em São Paulo sempre são muito entrelaçadas com o quadro nacional. Se o campo do governo Lula cresce na sucessão presidencial, pode-se prever um embaralhamento da disputa em São Paulo e o alegado favoritismo dos tucanos pode se esfumaçar.
Seria bom que faltassem dúvidas e aumentassem as certezas aí em São Paulo para ajudar Minas a encontrar seu rumo. Nossos destinos (MGxSP) estão intimamente ligados por causa das certezas de Aécio e das dúvidas de Serra. Jô Moraes
ResponderExcluirCarecemos de luz.
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