Provavelmente nem os mais pessimistas tucanos (e também os mais otimistas defensores da candidatura Dilma) poderiam imaginar que José Serra iria para nocaute bem no início do horário eleitoral na TV.
As teses sobre o fracasso das erráticas estratégias serristas pululam. Os seus apoiadores, valendo-se da fama de centralizador que pesa contra o candidato presidencial do PSDB, tiram o seu da reta e consideram Serra o pai de todos os erros.
Um amargurado editorial do Estadão, uma semana atrás, talvez tenha colocado o dedo na ferida. Para o jornalão dos Mesquitas, oposição não ganha eleição, quem perde eleição é o governo. E como o governo Lula vai muito bem, obrigado, a oposição ficou sem eira nem beira.
Resgataram até um tal de "feel good factor" - sensação de que as coisas vão bem - para evidenciar as inutilidades dos diferentes rumos que a campanha serrista adotou. Uma hora é oestilo pit-bull, outra chamando Lula de amigo in pectore. Na confusão, o eleitor pensa: se o Lula é bom e a situação está boa, então mudar para quê? E não mudar significa ir com a Dilma, esta sorridente senhora que me abraça aí em cima.
Em praticamente todo o Brasil a situação dos tucanos está feia. São Paulo e Paraná parecem ser a cidadela da resistência, mas a blindagem nesses estados pode ser quebrada. Parece que esta é a nova missão a que Lula se propôs, conforme assustada manchate da edição deste domingo da Folha de S. Paulo.
Dilma ganhar e o Mercadante também seriam mudanças de grande envergadura. Seria quase que o fim do condomínio demotucano.
Esses próximos quarenta dias serão decisivos. Vamos à luta!
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