A mídia faz um verdadeiro carnaval a respeito das mudanças econômicas que serão realizadas em Cuba. O bumbo bateu mais forte a partir da divulgação, depois desmentida, de que Fidel Castro teria dito que o modelo econômico cubano estaria ultrapassado.
Na verdade, o que está em curso, em sua fase preliminar, é um conjunto de medidas para enfrentar desafios urgentes em Cuba. A própria CTC - Central dos Trabalhadores de Cuba - avalia que é necessário avançar na economia, organizar melhor a produção, potencializar as reservas de produtividade e melhorar a disciplina e eficácia do trabalho.
A realização de obra de tal envergadura será complexa e exigirá ampla legitimação política e consenso social. Consta que Cuba teria um milhão de trabalhadores em excesso no setor estatal e empresarial e que só no setor público, a partir do ano que vem, se iniciaria a dispensa de 500 mil trabalhadores.
O compromisso do governo é criar novas formas de relações de trabalho (arrendamento, usufruto, cooperativas, trabalho por conta própria) para realocar os demitidos nessas atividades. "Ninguém ficará entregue à própria sorte", garante Raúl Castro.
Essas reformas no emprego serão graduais e progressivas, mas atingirão todos os setores e ramos da economia. Os salários, por exemplo, obedecerão ao princípio de distribuição socialista segundo o qual o valor do salário será equivalente à quantidade de trabalho realizado, pagamento por resultado.
As mudanças propostas devem elevar a produção e a qualidade dos serviços, reduzir gastos sociais não essenciais e limitar os subsídios e as gratuidades. É mais uma grande tarefa para uma Revolução que já dura 52 anos!
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