Dia 3 de outubro se aproxima e Dilma Rousseff se qualifica para receber uma consagradora votação. Tudo caminha para sua vitória no primeiro turno. Reagindo a isso, só se ouve o delírio da mídia, reverberado pelos tucanos, na vã tentativa de adulterar a realidade. Para os conservadores, a grande vitória da coligação "Para o Brasil Seguir Mudando" é um perigo para a democracia... Parece piada, mas é sério.
Primeiro, eles disseram temer a "mexicanização" do processo político brasileiro. Uma comparação absurda, já que Dilma é apoiada formalmente por dez partidos e o candidato a vice-presidente é Michel Temer, do PMDB. Nada semelhante com o quadro partidário que durante décadas vigorou no México. De tão furada, a analogia foi parar na lata do lixo.
Depois de derrotada a tese da mexicanização, surgem novas elocubrações fantasiosas. Esses novos direitistas travestidos de democratas dizem que o Brasil corre o risco de se meter em uma aventura "chavista", opinião preconceituosa contra o processo mudancista em curso na vizinha Venezuela. É uma ameaça à democracia brasileira, vociferam, seguir o mesmo caminho de Hugo Chávez!
Mas, fica a pergunta: o que ameaça mesmo a democracia brasileira? Esses vetustos senhores, políticos sabichões, consideram que a surra eleitoral que se prenuncia no horizonte, expressão da vontade popular, conspurca as regras do jogo democrático. Ôpa, pensar assim é flertar com o golpismo e alimentar a intolerância diante da manifestação majoritária dos eleitores.
O que os tucanos e seus aliados temem mesmo é o conjunto da obra. Além da vitória de Dilma, a coligação "Para o Brasil Continuar Mudando" deve ter maioria no Congresso e eleger boa parte dos governadores. Enquanto isso, a oposição se prepara para sair esfacelada das eleições.
Um dos líderes do DEM, o ex-governador paulista Cláudio Lembo, já prevê a derrocada eleitoral da oposição conservadora. Para ele, o que causa intranquilidade política no país é a mídia brasileira. Partidarizada, segundo ele, passou a apoiar abertamente a morimbunda candidaduta de José Serra.
Era tudo o que eles não queriam ouvir. Da boca do nosso conservador sincero e de fino trato, Cláudio Lembo, surgiu, em poucas palavras, umas verdades inconvenientes. Lembo pôs o dedo na ferida. Para ele, nessas eleições ganha o povo e Lula se fortalece ainda mais. E os grandes derrotados são os partidos conservadores e a mídia. Bem simples assim...
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