Quinta-feira da semana passada (23), eu recebi a visita da minha rinite alérgica velha de guerra. Desta vez, no entanto, além dos espirros e da congestão nasal, eu senti uma certa obstrução respiratória, sintoma parecido com a apneia.
Às cinco da manhã!, com insônia, resolvi ir a um otorrino. Ele disse que o ar seco e poluído de São Paulo potencializa a rinite. Receitou-me apenas o "Nasacort", em cuja bula se lê que tal medicamento "(triancilona acetonida) é um poderoso antialérgico indicado para o tratamento das rinites alérgicas sazonal e perene..."
Dia seguinte fui à Fortaleza. O forte ar condicionado do hotel em contraposição ao calor cearense me derrubou de vez. Voltei para São Paulo na tarde de domingo, convalescendo da rinite e nocauteado pela gripe.
Pensei que estava dobrando o Cabo da Boa Esperança - aquele período da vida em que tudo começa a dar errado - quando soube, ainda no Aeroporto, que o Corinthians metera três no Santos, dois dos quais obras-primas do Fenômeno.
Em vez de declamar "Perdi o bonde e a esperança, volto pálido para casa...", de Drumond, socorri-me em Fernando Pessoa, para o qual "Tudo vale a pena se a alma não é pequena". E a alma dos corintianos tem o tamanho do mundo.
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