Há um falso dilema no ar: primeiro de maio com pouca gente e muita política ou muita gente e pouca política? Transformar esse dia de luta e reflexão em uma confraria de companheiros não é, na minha opinião, o melhor caminho. O ideal é associar a mobilização de massas - contando com o apelo popular, por exemplos, de artistas consagrados pelo público, com uma agenda política bem feita.
Para isso, a direção do ato precisa ficar sob a direção dos organizadores sindicais e não de empresas especializadas em grandes eventos musicais que procuram subordinar tudo aos humores (ou falta de) dos artistas e empresários do setor.
Aqui em São Paulo, o ano passado, fizemos um primeiro de maio meio chinfrin. Este ano, associados com a UGT e a NCST e uma nutrida grade musical, pudemos dialogar com 200 mil pessoas. Bem melhor, claro. Falta avançar em um esquema de difusão do nosso ideário classista de forma mais organizada e articulada.
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