segunda-feira, 24 de agosto de 2009

A CUT e a CTB

A pretexto de fazer um balanço do movimento sindical a partir de 1980, a Secretaria de Política Sindical da CUT procura se justificar diante da perda de representatividade sindical e política dessa central.

Um documento da área de Política Sindical da CUT, que orienta os debates nessa central, gasta a maior parte do tempo analisando a CTB. Primeiro, apresentam-na como "braço sindical do PCdoB", depois como opção sindical do "bloquinho de esquerda" (PCdoB, PDT, PSB).

Eles procuram associar o surgimento da CTB a razões políticas e sindicais. As razões políticas seriam a derrota do deputado federal Aldo Rebelo à presidência da Câmara e as articulações para as presumíveis campanhas de Ciro Gomes à presidência da República e Aldo para a prefeitura paulistana. A CTB seria o respaldo sindical para essa movimentação.

No plano sindical, eles negam a pecha de falta de democracia interna da CUT e de dependência ao PT e ao governo. No documento em tela, diz-se que posições sindicais antagônicas é que levaram os cetebistas a saírem do barco cutista.

Filiação internacional, unicidade, contribuição compulsória, organização por ramos e não por categoria seriam os grandes temas divergentes. Com a legalização das centrais, os sindicalistas que agora formam a CTB resolverem explicitar e dar visibilidades às suas opiniões em uma central própria, saindo da camisa de força da CUT.

Por um problema genético, a CUT parece não apreciar palavras como unidade dos trabalhadores, democracia e mobilização. Opta pelo caminho do hegemonismo unilateralista. Esse caminho, a vida ensina, tem pernas curtas.

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