sexta-feira, 25 de junho de 2010

O beijo da morte

Álvaro Dias é senador e seu mandato vai até 31 de janeiro de 2015. Provavelmente esta é a mais forte razão para ele aceitar o "sacrifício" de ser vice de Serra. Perdendo, ele ganha um pouco mais de visibilidade e depois volta docemente constrangido ao Senado.

Mas chapa puro-sangue coagula. Exibe uma renúncia à disputa no Centro-Oeste, no Nordeste e no Norte. Sem contar que no Sudeste também a coisa vai mal para os tucanos, com a exceção, até agora, de São Paulo.

As pesquisas apontam que o melhor desempenho de Serra é no Sul. O nome escolhido é justamente da região onde ele menos precisava de apoio. A justificativa é de que a solução encontrada pode inviabilizar a coligação do PDT de Osmar Dias (irmão de Álvaro) com o PMDB e PT.

A tese é razoável, mas a campanha estava reclamando muito mais do que isso.  O resultado da novela do vice  terá sido pífio. De uma quantidade razoável de palanques problemáticos, o máximo que a candidatura conservadora consegue é equacionar um caso.

É muito pouco para quem já amarga um segundo lugar nas pesquisas. A entrada em cena de Álvaro Dias pode ter sido o beijo da morte de uma candidatura com muitas dificuldades.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Dunga: a metamoforse

Mano Menezes, Felipão, Dunga. Parece que a marca dos técnicos de futebol gaúchos é serem durões. Disciplina tática, defesas fortes para não sofrer gol, meio-de-campo compacto e ataques que precisam fazer pelo menos meio gol por partida.

O próprio Dunga, quando da convocação, recebeu muitas críticas pornão ter chamado o Ronaldinho Gaúcho, o Ganso e o Neymar, estrelas do chamado futebol-arte, com certa indisciplina tática para valorizar o talento individual.

O tempo passa e o nosso técnico resolveu peitar nada mais nada menos do que a toda-poderosa Rede Globo. De repente não mais do que de repente o Dunga deixou de ser a Geni e passou a encarnar o símbolo da luta contra o império global das comunicações.

Campanhas são feitas para, entre outras coisas, boicotar a TV Globo e assistir a parte mais importante da Copa no canal alternativo - a Band. O veículo da campanha é a Internet e o seu resultado será mais simbólico do que real - milhares contra milhões.

Mas, para uma Copa meio sem graça é até um aditivo interessante a mais essa campanha. Vou de Luciano do Valle. Bye-bye, Galvão...

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Jabulani

O nome da bola da Copa Mundial da Fifa se chama jabulani. O nome provém do idioma Bantu isiZulu e seu significado é "celebrar". A polêmica bola tem onze cores, para representar os onze idiomas e onze etnias da África do Sul, número também de jogadores de cada equipe.

Dizem que a bola é mais leve e mais rápida do que as habituais, o que tem dificultado o controle e os chutes para o gol. O Luiz Fernando Veríssimo, em sua crônica, zomba dessa tese, dizendo que a bola é infiel com alguns jogadores, mas se apaixona por outros, os que tem intimidade com a dita-cuja.

No futebol, diante das derrotas, muitos culpavam o juiz, o campo, a torcida adversária ou qualquer outra desculpa esfarrapada. Esta Copa inaugura uma nova desculpa: a vilã de plantão é a pobre bola, a nossa famosa jabulani.

Depois da overdose de jogos da Copa, o tema dominante serão as eleições. É a luta não pela gol, mas pelo voto. Nesta modalidade de disputa, é tão duro conquistar voto quanto marcar gol no futebol.

Só se espera que os derrotados nas eleições não responsabilizem os eleitores pelo insucesso. Chamar o voto do povo de errático como a trajetória da jabulani é, para tomar emprestada uma expressão filosófica, um argumento falacioso.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Pondo a mão em alguns vespeiros

Heloísa Helena, presidente do PSOL, afirma que foi usada pelo partido nas eleições passadas e que membros da direção nacional do partido não mereceram esse seu "sacrifício".  Sacrifício, para ela, é ter ficado fora do Senado, questão muito mais importante, em sua visão, do que a construção do novíssimo partido da esquerda "ética"  brasileira.

Nessa linha, ela dá de ombros para a disciplina partidária. Diz que não vai fazer campanha para o candidato a presidente do partido. Vou cuidar do meu roçado de Alagoas, eles que se virem, diz aquela que, há pouco tempo, era a popstar dos neo-udenistas de esquerda.

Em outro front, militantes do mesmo PSOL e do PSTU tentaram construir uma central sindical e, pasmem, o congresso de fundação, realizado neste início de junho, em Santos, deu com os burros n'água. O PSTU diz que a turma do PSOL não se adapta à "democracia operária", e estes respondem dizendo que o PSTU confunde democracia operária com rolo compressor.

As vinte e duas teses apresentadas não foram suficientes para construir um consenso mínimo para edificar aquela que seria, nas palavras de seus mentores, uma nova organização sindical, popular e estudantil. E revolucionária, naturalmente. É mole?

Agora que a mídia se reposicionou e tenta transformar Marina da Silva na nova namoradinha do Brasil, num óbvio esforço diversionista para levar a sucessão presidencial para o segundo turno, os esquerdistas sectários se fragmentam em múltiplas candidaturas. PSOL, PSTU, PCB e PCO, cada um com o seu candidato, disputam o título de o mais radical na retórica e jogam na lata do lixo a tal "frente de esquerda".

E a nossa verde, com seu vice bilionário, desfila Brasil afora cantarolando uma melodia atrasada e anacrônica, que muitos chamam de "santuarismo" - espécie de dogma religioso segundo o qual seria um pecado mortal a relação do homem com a natureza e errado o esforço de combinar, com harmonia e equilíbrio, o desenvolvimento, a soberania nacional e a proteção ambiental.

E os novos apóstolos do Apocalipse, com as bençãos de gente não tão santa assim, querem condenar o país a uma posição subalterna, extrativista. O império bate palmas e pede bis.

domingo, 13 de junho de 2010

Desenvolvimento, Trabalho e Eleições

A valorização da força de trabalho é uma âncora econômica e social imprescindível  na formulação de uma robusta estratégia nacional de desenvolvimento. A renda do trabalho fortalece o mercado interno, pilar importante do crescimento econômico, e dinamiza a mobilidade social, contribuindo, dessa forma, para uma distribuição de renda mais justa.

Um exemplo importante é a atual política de valorização permanente do salário mínimo. O valor atual do salário mínimo brasileiro é de R$ 510,00, o maior valor real do último quarto de século. Durante o governo Lula, o salário mínimo brasileiro teve aumento real de 53,6%. Um dado fala por todos: hoje o salário mínimo compra 2,2 cestas básicas, quando no início do governo Lula adquiria apenas 1,4 cestas.

A importância desse aumento é indiscutível. No governo Lula foram gerados até agora 13 milhões de novos empregos formais. Passou-se de 28,7 milhões, em 2003,  para os atuais 41,5 milhões. Noventa por cento dos empregos criados foram na faixa de até três salários mínimos, que incide diretamente na parcela mais vulnerável da população.

O impacto combinado do aumento do emprego formal e da valorização do salário mínimo provocou a grande diminuição do número de pobres no Brasil. Usa-se no Brasil um critério segundo o qual pobre é aquele cuja renda mensal familiar per capita é de até R$ 137,00.

Por esse critério, o número de pobres no Brasil em 2003 era de 50 milhões de pessoas e hoje caiu para 29,9 milhões. O crescimento da economia, que este ano pode bater na casa dos 7,5%, faz com que a taxa de diminuição da pobreza no país fique em torno de 10% ao ano.

As principais causas dessa mobilidade social ascedente (as chamadas classes ABC tiveram um incremento de 31,9 milhões de pessoas) estão ligadas a valorização da força de trabalho. Mais importante do que programas sociais de transferência de renda como o Bolsa-Família, a melhor distribuição de renda no Brasil está diretamente associada ao aumento do emprego formal, aumento da renda do trabalho e valorização do salário mínimo.

Todos esses dados, retirados de matéria publicada neste domingo na Folha de São Paulo, explicam a grande popularidade do presidente Lula e apontam para uma verdade inconteste. Os trabalhadores foram  beneficiários diretos dessa política e precisam, portanto,  estar na linha de frente para impulsionar o projeto nacional de desenvolvimento.

A vitoriosa realização da Conferência Nacional da Classe trabalhadora no último dia 1º de junho, no Pacaembu, caminha nessa direção. A participação de 30 mil trabalhadores e cinco centrais sindicais (CUT, Força Sindical, CTB, Nova Central e CGTB) e a aprovação de uma agenda dos trabalhadores para o desenvolvimento, contribuem enormente para consolidar e aprofundar as mudanças progressistas em curso no país.

Todo essa mobilização social, neste estratégico ano de 2010, precisa ser direcionada para a principal batalha política do ano, que são as eleições gerais e outubro. Eleger Dilma presidente,  além de governadores, senadores e deputados comprometidos com essa política, é fundamental para os trabalhadores brasileiros.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

A grande batalha eleitoral em São Paulo

No próximo dia 19 de junho, sábado, o PCdoB de São Paulo realiza sua Convenção Eleitoral. A meta do partido é construir um forte palanque para Dilma Rousseff no Estado, eleger um senador e aumentar sua presença na Câmara Federal e na Assembeia Legislativa.

Nessa direção, o Partido vai apoiar as candidaturas petistas de Aloízio Mercadante para o governo do Estado e de Marta Suplicy ao senado, e apresentar sua nominata própria: Netinho de Paulo (Senado), chapa completa de deputado estadual e chapa coligada para deputado federal.

Pelo peso político, econômico e social, as eleições em São Paulo são as mais importantes do país. O Estado tem mais de 42 milhões de habitantes, distribuídos em 645 municípios, e cerca de 30 milhões de eleitores. O PIB paulista gira em torno de R$ 1 trilhão (31,8% do país) e o orçamento estadual para 2010 é de R$ 125,7 bilhões.

A indústria de transformação de São Paulo corresponde a 40% da produção nacional. Destaque também para a agropecuária (24%,) as instituições financeiras (48%), as atividades imobiliárias, alugueis e serviços (42%), só para citar alguns dados.

A demografia do estado apresenta importantes alterações. Cai a taxa de fecundidade das mulheres e cresce a expectativa de vida. Na década de 70 do século passado, a população crescia a uma taxa de 3,5% ao ano, índice que hoje caiu para 1,4%.

A população com menos de 15 anos diminuiu de 39,6% (1970) para 33,3% (2010). A população de 15 a 64 anos, maior parte da força de trabalho, subiu de 25 milhões (2000) para 29,7 milhões (2010). Idosos com mais de 65 anos, no entanto, são os que mais crescem.

Esse contigente é o mais diversificado do país. São Paulo tem 3 milhões de imigrantes de 70 diferentes nacionalidades, com predomínio de italianos e portugueses e também de negros, árabes, alemães, japoneses e índios.

Essa pujança se reflete na arena política. Desde 1995 o Estado é uma espécie de reduto do conservadorismo, capitaneado pelo PSDB paulista, o núcleo duro da oposição ao governo Lula.  Não por acaso, o ex-governador paulista é a alternativa da direita para a sucessão presidencial.

Assim, é de se prever que tanto a disputa presidencial quanto a luta pelo Palácio dos Bandeirantes deverão ser bem mais acirradas do que as eleições passadas. O mito do favoritismo tucano em Sâo Paulo pode ser revertido.

As pesquisas apontam que, também em São Paulo, a candidatura Serra cai e a de Dilma sobe.  E o nome de Mercadante, que aglutinou um amplo leque de partidos políticos e respaldo no movimento sindical e social, tem grande potencial de crescimento.

O ninho dos tucanos, para desespero da elite conservadora, está dividido. Mas, as eleições não serão fáceis, como imaginam alguns ingênuos. Quem entende do assunto sempre diz que eleição e mineração só depois da apuração.

Até lá, devemos usar as sandálias da humildade, comer o pó da estrada e correr atrás do voto.  Com o PIB bombando, mais emprego, mais salário, mais consumo, um presidente-eleitor com elevada popularidade... parece que os anjos conspiram a nosso favor.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Dieese inaugura Escola Ciências do Trabalho

Nesta quarta-feira, dia 9, em São Paulo, foi inaugurada a "Escola do Dieese Ciências do Trabalho". O ato contou com a presença do ministro do Planejamento, Paulo Bernardo,  e representantes das centrais sindicais, da OIT e da direção política e técnica do Dieese. Em seguida, o filósofo Renato Janine Ribeiro proferiu uma palestra abordando a importância da escola e suas perspectivas.

Com o crescimento da importância política do movimento sindical brasileiro, produto principalmente de sua unidade em torno de grandes projetos para o país, a escola do Dieese pode se tornar uma alavanca fundamental para a formação de quadros sindicais. Em nome da CTB, registrei que o Dieese marcou um gol de placa com a constituição dessa escola.

sábado, 5 de junho de 2010

IBOPE: Dilma avança e Serra recua!

A última pesquisa IBOPE mostra que Dilma cresceu 5% e Serra caiu 3% em relação ao mês de abril. Com isso, os dois estão empatados em 37%.  Na pesquisa espontânea, aquela que indica consolidação do voto,  Dilma ultrapassou Serra (19% a 15%). No quesito rejeição, Serra lidera com 24% ante 19% para Dilma.

Além disso, a popularidade do presidente Lula permanece muito alta e uma parte do eleitorado pensa que ele próprio será candidato à releição. Quando sabem que ele apoia Dilma, a transferência é quase automática. Chora, tucanato!

A China

Aproveitei o feriadão e reli o informe de Hu Jintao ao 17º Congresso do Partido Comunista da China. A quem interessar possa, apresento as seguintes notas, por achar que elas tenham, por analogia, algum interesse no debate sobre o Brasil. Alerto que o texto não tem rigor  acadêmico(esta praia não é minha).

Em 1978, data emblemática, a China ingressou em um novo período, denominado de "Reforma e Abertura". Depois de quase 30 anos de construção da Nova China,  o Partido Comunista inicia uma nova grande revolução, com o objetivo de libertar e desenvolver as forças produtivas e modernizar o país.

Os chineses afirmam que tudo isso é produto do desenvolvimento teórico e prático do marxismo adaptado às condições singulares daquele país, desenvolvimento este que contempla três gerações:

1) a primeira é a de Mao Zedong e seu pensamento,  que dirigiu a Revolução Chinesa (1949) e, apesar das vicissutudes da Revolução Cultural, é pré-requisito para a construção da Nova China, que durou quase trinta anos;

2) a segunda é a de Deng Xiaoping, que teve que enfrentar a precária situação decorrente da "Revolução Cultural" (1966/1976). É desse período (1978) o enunciado de emancipar o espírito e procurar a verdade nos fatos. A partir daí, diz Jintao, "se repudiou completamente a errônea teoria e prática de tomar a luta de classes a questão chave e  se desviou o foco do Partido e do Estado para o desenvolvimento econômico e se introduziu a reforma e a abertura";

3) a terceira geração é a de Jiang Zemin. Ele avançou na reforma e na abertura e iniciou a nova economia socialista de mercado. Introduziu também a Teoria da Tríplice Representatividade (* vide conceito abaixo) e o desenvolvimento científico com harmonia social.

Com isso, a China se transformou de uma economia planificada altamente centralizada em uma robusta economia socialista de mercado. Os chineses consideram que, na atualidade, a contradição principal que eles enfrentam são as crescentes necessidades materiais e culturais diante do baixo nível de produção social.

Dessa forma,  o  desenvolvimento passa a ser a prioridade máxima, decisivo para a construção de uma sociedade moderamente próspera, como eles dizem. No balanço feito no 17º Congresso do Partido, o país exibiu crescimento médio anual superior a 10% de 2001 a 2005, houve maior equilíbrio entre as regiões e o nível de vida melhorou. A população pobre, por exemplo, caiu de 250 milhões para 20 milhões.

Mas não param por aí. Os chineses explicam que precisam acertar o passo com os tempos atuais e superar três desafios: o que é o socialismo e como construí-lo, que tipo de Partido devemos construir e como construí-lo e que tipo de desenvolvimento devemos alcançar e como alcançá-lo.

A experiência chinesa talvez seja a mais emblemática dos tempos atuais. A questão de colocar o desenvolvimento em um patamar superior à luta de classes deve ser compreendido, acredito eu, nos marcos específicos de um país em que o Partido Comunista está no poder e luta por harmonia social.

Resumidamente, Hu Jintao elencou estas principais questões em seu informe:

1) Construir o socialismo de caráter chinês;

2) Avançar na Teoria da Tríplice Representatividade;

3) Dar perspectiva científica ao desenvolvimento;

4) Continuar a emancipar o pensamento;

5) Persistir na reforma e na abertura;

6) Promover a harmonia social;

7) Lutar por novas vitórias na construção de uma sociedade moderadamente próspera (até 2020).

(*) Teoria da Tríplice Representatividade, segundo a Rádio Internacional da China.

O PC da China deve "1) representar as exigências do desenvolvimento das forças produtivas na China; 2) representar a direção do avanço da cultura e 3) representar sempre os interesses fundamentais das amplas massas".

A base orientadora do PC da China, segundo o texto da Rádio Internacional da China, é o marxismo-leninismo, o pensamento Mao Zedong, a Teoria de Deng Xiaoping e a Teoria da Tríplice Representatividade.

 

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Povo Unido

Dois dias que valem por anos. 31 de maio, segunda, e 1º de junho, terça, houve dois eventos de grande envergadura - a Assembleia Nacional dos Movimentos Populares e a Conferência Nacional da Classe Trabalhadora.

As duas atividades primaram pela unidade, pelo consenso em questões essenciais e pela sintonia com o movimento progressista em curso em nosso país. Os trabalhadores e o povo vão construindo, com vigor, uma agenda positiva para o país.

A reação irada da mídia conservadora é uma demonstração inequívoca de que o golpe foi sentido. Ela se esforça, agora, para criminalizar os movimentos sociais, tachando os movimentos ora de ilegais (campanha eleitoral extemporânea) ora de financiados com dinheiro público (contribuição sindical).

É a velha cantilena de sempre. Os mais lunáticos chegam a apregoar, de novo, que o Brasil hoje seria uma República sindicalista, com os trabalhadores controlando o Estado. Parece piada. Quem controla mesmo o naco maior do Erário é uma outra república, a República dos Rentistas.

Mas os cães ladram e a caravana passa. E a caravana do povo unido pavimenta o caminho para a consolidação e aprofundamento do projeto nacional de desenvolvimento com valorização do trabalho.