quinta-feira, 11 de junho de 2009

PIB

O PIB é o indicador de crescimento da economia. Mensura os dados da agropecuária, da indústria e dos serviços. Pelo lado da demanda, há o consumo das famílias e do do governo, as exportações e as importações (estas tem valor negativo), e a formação bruta de capitalo fixo.

Formação bruta de capital fixo é a expressão econômica para medir o que as empresas aumentam em bens de capital (máquinas, equipamentos, material de construção). Revela, portanto, a capacidade de crescimento do país e o "otimismo" dos empresário com a economia.

A formação bruta de capital fixo desabou 14% no primeiro trimestre deste ano, expressando a grande queda dos investimentos e a desconfiança genereralizada com o tamanho da crise. Esse é um indicador estratégico, precisa ser revertido. A diminuição do custo do dinheiro (menos juros) é um grande incentivo para irrigar o crédito e retomar os investimentos.

O consumo das famílias representa 60% do PIB. Salário, crédito, programas sociais ajudam o consumo, o mercado interno. O consmo também é um importante termômetro do humor da população com o governo.Como o consumo cresce há anos no país, o povão está com o Lula e não abre.

Por últmo, a força asiática. No primeiro trimestre do ano, a China cresceu 6,1% e a Índia 5,8%. Somados, esses dois países tem mais de 2,4 bilhões de habitantes! Todos os outros principais países do mundo recuaram, e bastante. O Japão desabou, no mesmo período, 15,2%, a Rússia, 9,5%, a Alemanha, 6,9%, os EUA 5,7%.

Nessa desgraceira toda, quase que dá para comemorar o fato de o Brasil ter recuado apenas 0,8% do PIB no primeiro trimestre. Esse queda suave permite antever que a curva do PIB brasileiro pode voltar a crescer ao longo do ano, zerando as perdas ou ficando até no azul.

E no ano que vem, o famoso 2010, deve ser melhor, segundo todos os economistas, os campeões mundiais em futurologia equivocada. Fala-se que a economia pode crescer entre 3,5% a 4%, o que daria mais força ao discurso do Lula de que o Brasil seria o último país a entrar na crise e o primeiro a sair.

Essa situação mostra que a crise pegou o Brasil mais bem preparado do que das outras vezes. Reservas cambiais de mais de 200 bilhões de dóalres, relações comerciais mais diversificadas, sistema público de bancos capaz de reverter a escassez de crédito no mercado, tudo isso ao lado de políticas importantes do governo, como a manutenção do PAC, da valorização do salário mínimo e dos programas sociais.

Merece destaque também as chamadas medidas anticíclicas. Denoneração tributária em setores como a indústria automobilística, as empresas da linha branca (geladeira, fogão), material de construção, tudo associado a créditos facilitados para alguns setores e programas como a construção de um milhão de casas populares.

Na contramão desses esforços, a continuada sangria da remessa de lucros e capitais para fora e o renitente conservadosirmo do COPOM. Ontem, em sua reunião, baixou os juros brasileiros para 9,25%, a primeira vez que a taxa Selic tem só um dígito. Se esse movimento tivesse sido mais forte e iniciado no segundo semestre do ano passado, a economia brasileira estaria melhor. Mas a dona banca é forte e domina os burocratas do BC.

Nenhum comentário:

Postar um comentário