Nosso companheiro Divanilton Pereira, dirigente petroleiro do Rio Grande do Norte e dirigente nacional da CTB, disse que há necessidade de maiores esclarecimentos a respeito do conceito de trabalho assalariado.
Vamos à luta, direto da fonte mais pura. Marx: "o capital pressupõe o trabalho assalariado; o trabalho assalariado pressupõe o capital. Um é condição do outro; eles se criam mutuamente." Mais: "Mesmo a situação mais favorável para a classe operária, o crescimento mais rápido possível do capital, por mais que melhore a vida material do operário, não suprime o antagonismo entre seus interesses e os interesses do patrão, os interesses do capitalista. Lucro e salário permanecem, agora como dantes, na razão inversa um do outro".
Tentando interpretar Marx, podemos dizer que o trabalho tem historicidade própria. Em cada modo de produção ele se manifesta de forma singular. Trabalho escravo, trabalho servil, trabalho assalariado são, pela sucessão histórica, trabalho nos modos de produção escravista, feudal e capitalista.
O socialismo é o sucessor natural do capitalismo. No período de transição de um modo de produção para outro, remanescerá, em certa escala, trabalho assalariado e capital. Mas, em estágios mais desenvolvidos, tanto o capital como o trabalho assalariado deixarão de existir, tal como as classes sociais.
Como todo produto histórico, até o estado deixará de existir, na vigência de uma sociedade sem classes. Dessa forma, creio eu, numa projeção histórica só no museu de antiguidades haverá espaço para o capital e para o trabalho assalariado.
O que eu gostaria de saber - e ninguém me respondeu - é o seguinte: que nome receberá o trabalho humano no pós-trabalho assalariado?
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