Caiu bastante a diferença entre Dilma e Serra em São Paulo, estado tido como principal reduto dos tucanos. Em janeiro deste ano, pelo "Vox Populi", Serra tinha uma grande vantagem, cravando 31% acima de Dilma (49% a 18%). Cinco meses depois, em maio, a grande novidade: Serra caiu cinco pontos percentuais e foi para 44% e Dilma subiu 12 pontos, indo para 30%. A diferença, portanto, desabou de 31% para 14%. Se se considerar um quadro de 20 milhões de votos válidos, pode-se projetar que a diferença que era de 6,2 milhões de votos caiu para 2,8 milhões!!
A mesma pesquisa mostra um dado importante: 51% dos eleitores paulistas dizem que votariam no candidado indicado por Lula (soma entre os que votariam com certeza e os que votariam dependendo do candidato). Apesar do bombardeio por terra, mar e ar da mídia, a tendência pró-Dilma manifestada pelas últimas pesquisas tende a se consolidar.
Serra está sem programa, sem discurso e sem vice. O vice dos sonhos dele está em férias de um mês na Europa, em pleno ano eleitoral, sinalizando um distanciamento com a candidatura conservadora. Por outro lado, os palanques estaduais da Dilma, bem mais amplos, aos poucos se estruturam. Com a economia e os empregos crescendo, o prestígio nacional e internacional do Lula aumentando, parece que vai chover na horta da Dilma.
Pelo andar da carruagem, não será em São Paulo que os tucanos tirarão a grande diferença que virá de outros estados. Para desespero do presidente do PSDB/SP, que afirmou, em plenária dos tucanos, que se Serra não cravar 6 milhões de vantagem em São Paulo estaria frito.
Parece que a fritura começou...
Opiniões, comentários e notas sobre política, sindicalismo, economia, esporte, cultura e temas correlatos.
sexta-feira, 21 de maio de 2010
terça-feira, 18 de maio de 2010
2010: 2,5 milhões de novos empregos!
Nesses quatro primeiros meses de 2010, segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), houve um acréscimo de 962.327 empregos com carteira assinada no país. Foi o melhor quadrimestre de geração de empregos da história do Brasil.
Pelos estudos do MTE, a previsão é de que o ano de 2010 atinja o montante de 2,5 milhões de novos empregos. Em 2009, só para comparar, houve um aumento de 995.110 empregos. A causa desse grande avanço é o robusto crescimento do PIB, que pode superar 7% neste ano.
Se se somar o PIB de 2009 e 2010, segundo o economista Ilan Goldfajn, o Brasil é o terceiro país em crescimento do mundo, e esse crescimento vem acompanhado de melhoria das condições de vida da população mais pobre. As dificuldades atuais dos EUA e principalmente da Europa tem repercussão pequena nos países emergentes, inclusive no Brasil.
Esse ciclo virtuoso da economia incomoda os gestores da política macroeconômica do país. Para eles, crescimento aumenta a demanda em escala superior à produção e provoca pressões inflacionárias. Daí o remédio amargo de sempre: mais juros para segurar a economia!
Contra essa opinião, o MTE afirma, com razão, que o desempenho vigoroso do mercado de trabalho é sintoma de que a produção está crescendo e, junto com ela, o emprego, afastando o fantasma da chamada inflação de demanda.
A elevação do número de trabalhadores com carteira assinada (41,4 milhões atualmente) e a ampliação da renda do trabalho ajudam a dar sustentabilidade ao crescimento. Além disso, é essencial que medidas legais de combate a rotatividade do trabalho sejam implantadas no país.
Nessa direção, é importante que instrumentos jurídicos como a Convenção 158 da OIT, que proíbe demissões imotivadas, seja incorporada ao acervo dos direitos trabalhistas brasileiros, sem o que a parte do trabalho na renda nacional continuará baixa.
Esperamos que a presidente Dilma Rousseff dê esse passo a mais no seu futuro governo, para que os ganhos de produtividade da economia sejam repassados para a massa salarial, um pilar estratégico para o novo projeto nacional de desenvolvimento.
Pelos estudos do MTE, a previsão é de que o ano de 2010 atinja o montante de 2,5 milhões de novos empregos. Em 2009, só para comparar, houve um aumento de 995.110 empregos. A causa desse grande avanço é o robusto crescimento do PIB, que pode superar 7% neste ano.
Se se somar o PIB de 2009 e 2010, segundo o economista Ilan Goldfajn, o Brasil é o terceiro país em crescimento do mundo, e esse crescimento vem acompanhado de melhoria das condições de vida da população mais pobre. As dificuldades atuais dos EUA e principalmente da Europa tem repercussão pequena nos países emergentes, inclusive no Brasil.
Esse ciclo virtuoso da economia incomoda os gestores da política macroeconômica do país. Para eles, crescimento aumenta a demanda em escala superior à produção e provoca pressões inflacionárias. Daí o remédio amargo de sempre: mais juros para segurar a economia!
Contra essa opinião, o MTE afirma, com razão, que o desempenho vigoroso do mercado de trabalho é sintoma de que a produção está crescendo e, junto com ela, o emprego, afastando o fantasma da chamada inflação de demanda.
A elevação do número de trabalhadores com carteira assinada (41,4 milhões atualmente) e a ampliação da renda do trabalho ajudam a dar sustentabilidade ao crescimento. Além disso, é essencial que medidas legais de combate a rotatividade do trabalho sejam implantadas no país.
Nessa direção, é importante que instrumentos jurídicos como a Convenção 158 da OIT, que proíbe demissões imotivadas, seja incorporada ao acervo dos direitos trabalhistas brasileiros, sem o que a parte do trabalho na renda nacional continuará baixa.
Esperamos que a presidente Dilma Rousseff dê esse passo a mais no seu futuro governo, para que os ganhos de produtividade da economia sejam repassados para a massa salarial, um pilar estratégico para o novo projeto nacional de desenvolvimento.
Datafalha?
Depois da ditabranda, a Folha de São Paulo precisa explicar por que só no seu instituto de pesquisa - o "Datafolha" - a gangorra está invertida: Serra sobe e Dilma desce. Até mesmo o Ibope do tucano Montenegro admite o contrário. Sua última pesquisa aponta empate técnico entre os dois mais fortes candidatos à presidência da República.
Quem noticia isso é a coluna de Mônica Bergamo, na Folha de hoje. Segundo ela, a pesquisa Ibope, encomendada pelo PSDB, mostra a ascensão de Dilma e a queda de Serra. A última pesquisa presidencial do Datafolha, conhecido na praça como datafalha, é um raio em céu azul. Não dá para não desconfiar!
De rabo preso com seus (e)leitores tucanos, o jornalão paulista queima suas últimas gorduras de credibilidade. Ao se tornar âncora de uma até agora malsucedida campanha de Serra, a Folha transforma sua linha editorial e o seu noticiário em uma espécie de wishful thinking(pensando com os próprios desejos).
Beira ao ridículo as desastradas tentativas da Folha de não enxergar o que todo mundo vê. Um exemplo mais recente: o êxito incontestável da política externa do governo Lula. A crescente popularidade do presidente e a sua associação com a candidatura Dilma são tormentos diários para o jornal e para a campanha tucana.
A grande vantagem é que esse comportamento partidarizado, elitista e preconceituoso de boa parte da mídia brasileira cada vez interfere
menos na opinião das pessoas. Como dizem os chineses, temos que procurar a verdade nos fatos. E os fatos estão conspirando a favor de Dilma e contra a Folha. Para delírio da patuleia.
Quem noticia isso é a coluna de Mônica Bergamo, na Folha de hoje. Segundo ela, a pesquisa Ibope, encomendada pelo PSDB, mostra a ascensão de Dilma e a queda de Serra. A última pesquisa presidencial do Datafolha, conhecido na praça como datafalha, é um raio em céu azul. Não dá para não desconfiar!
De rabo preso com seus (e)leitores tucanos, o jornalão paulista queima suas últimas gorduras de credibilidade. Ao se tornar âncora de uma até agora malsucedida campanha de Serra, a Folha transforma sua linha editorial e o seu noticiário em uma espécie de wishful thinking(pensando com os próprios desejos).
Beira ao ridículo as desastradas tentativas da Folha de não enxergar o que todo mundo vê. Um exemplo mais recente: o êxito incontestável da política externa do governo Lula. A crescente popularidade do presidente e a sua associação com a candidatura Dilma são tormentos diários para o jornal e para a campanha tucana.
A grande vantagem é que esse comportamento partidarizado, elitista e preconceituoso de boa parte da mídia brasileira cada vez interfere

segunda-feira, 17 de maio de 2010
SP: hora de definições!
Na próxima sexta-feira, dia 21, será formalizado o apoio do PCdoB à candidaduta do senador Aloízio Mercadante ao governo de São Paulo. No mesmo dia, o vereador Netinho de Paula e a ex-prefeita Marta Suplicy serão confirmados como candidatos ao Senado pela coligação.
O candidato a vice na chapa do Mercadante ainda não está definido. A construção de uma chapa ampla, para dar um caráter frentista mais claro na disputa, deveria se inclinar, segundo minha opinião estritamente pessoal, por um nome do PDT para vice.
A imprensa tem especulado que setores do PT voltam a trabalhar com a hipótese de chapa puro-sangue. Em política, geralmente chapa puro-sangue coagula, e nas recidivas isso pode ser fatal.
O peso político e eleitoral de São Paulo faz com que a eleição no Estado seja bastante ligada à disputa nacional. A situação de crescimento das intenções de voto em Dilma e o aumento consistente da popularidade do governo Lula podem reverter o aparente favoritismo dos tucanos paulistas.
Essas condições, bem mais favoráveis do que nas eleições de 2006, e o amplo leque de partidos que se somam no apoio à chapa liderada por Mercadante, podem pavimentar o caminho de uma competitiva campanha para a sucessão estadual.
Esses fatores devem pesar mais do que as conveniências internas do PT. Juntar dois senadores do mesmo partido é, como dizem os hermanos, más de lo mismo. Esse filme já se viu antes. O final pode ser diferente, por que a história não se repete: ou é farsa ou é tragédia, como ensinou o professor Karl Marx.
O candidato a vice na chapa do Mercadante ainda não está definido. A construção de uma chapa ampla, para dar um caráter frentista mais claro na disputa, deveria se inclinar, segundo minha opinião estritamente pessoal, por um nome do PDT para vice.
A imprensa tem especulado que setores do PT voltam a trabalhar com a hipótese de chapa puro-sangue. Em política, geralmente chapa puro-sangue coagula, e nas recidivas isso pode ser fatal.
O peso político e eleitoral de São Paulo faz com que a eleição no Estado seja bastante ligada à disputa nacional. A situação de crescimento das intenções de voto em Dilma e o aumento consistente da popularidade do governo Lula podem reverter o aparente favoritismo dos tucanos paulistas.
Essas condições, bem mais favoráveis do que nas eleições de 2006, e o amplo leque de partidos que se somam no apoio à chapa liderada por Mercadante, podem pavimentar o caminho de uma competitiva campanha para a sucessão estadual.
Esses fatores devem pesar mais do que as conveniências internas do PT. Juntar dois senadores do mesmo partido é, como dizem os hermanos, más de lo mismo. Esse filme já se viu antes. O final pode ser diferente, por que a história não se repete: ou é farsa ou é tragédia, como ensinou o professor Karl Marx.
segunda-feira, 10 de maio de 2010
A revista Época e o fantasma da "República Sindicalista"
A revista "Época" desta semana, talvez por falta de assunto, volta a bater na tecla de que o Brasil do presidente Lula se tornou uma "república sindicalista". Em matéria de capa, a publicação dos Marinho ressuscita essa tese, cujo pano de fundo é tentar inibir a ação política do sindicalismo neste importante ano de 2010.
Recorde-se que. com argumentos semelhantes, a direita brasileira, na década de 60 do século passado, construiu o discurso para tentar legitimar a derrubada golpista do presidente João Goulart. A pretensão, agora, é irrigar o discurso eleitoral conservador do tucanato.
Apoiando-se em intelectuais ditos de esquerda - aquela esquerda que a direita tanto gosta - "Época" afirma que os sindicalistas formam uma nova classe social que dirige fundos de pensão e empresas estatais. Com isso, influenciam na execução de orçamentos de até R$ 200 bilhões!
Com 60 parlamentares no Congresso Nacional, dois mil cargos de confiança no governo e o controle dos principais fundos de pensão (90% originários da CUT, segundo a revista), esse magote de sindicalistas seriam os cristãos-novos da classse dominante do país.
A fragilidade dos argumentos da revista salta aos olhos. Em primeiro lugar, todos os governantes do país, do presidente da República ao prefeito do menor município, sempre indicaram pessoas de sua confiança para colaborarem na administração. O presidente Lula, obviamente, não iria nomear quadros da oposição para seu governo.
No arraial dos tucanos a coisa funciona do mesmo jeito. O Serra, quando foi prefeito de São Paulo, inundou a prefeitura com ex-prefeitos do interior. A maioria deles nem conhecia a Capital, mas os indicados foram responsáveis pela gestão das sub-prefeituras paulistanas. Nesse caso, claro, a imprensa não deu um pio.
Em segundo lugar, é um grande preconceito achar que a pessoa, por ser sindicalista, não pode ocupar cargos de responsabilidade no governo. Essa visão conservadora quer considerar reserva de mercado das elites o exercício de altas funções públicas. O melhor exemplo para demolir essa tese furada é o Lula, ele próprio um sindicalista , celebrado no mundo todo ao ocupar o mais alto cargo da República.
Por último, a matéria tem claro viés eleitoreiro. A revista tenta passar aos incautos a imagem de que o Brasil do futuro, moderno e mais avançado, precisaria expurgar os trabalhadores dessas funções. Insinua até que esse tema deveria pautar o debate. No fundo, é uma campanha para o voto na oposição neoliberal.
Apesar de todas essas ressalvas, cabe um alerta ao sindicalismo. Independentemente de quem esteja no governo, as organizações sindicais precisam valorizar e preservar sua autonomia na luta em defesa dos interesses dos trabalhadores. Sindicalismo chapa-branca não tem futuro.
A prioridade do movimento sindical é a organização e a luta, essa é uma verdade acaciana. Sem prejuízo disso, é legítimo que líderes sindicais ocupem espaços nos parlamentos e nos governos, para amplificar a demanda dos trabalhadores.
A necessidade de manter a independência do movimento sindical diante dos governos, dos patrões e dos partidos não é sinônimo de abstinência política, como prega a revista. Sindicalista consciente e inteligente sabe que eleger Dilma e derrotar o conservadorismo neoliberal é um imperativo da luta atual dos trabalhadores.
Recorde-se que. com argumentos semelhantes, a direita brasileira, na década de 60 do século passado, construiu o discurso para tentar legitimar a derrubada golpista do presidente João Goulart. A pretensão, agora, é irrigar o discurso eleitoral conservador do tucanato.
Apoiando-se em intelectuais ditos de esquerda - aquela esquerda que a direita tanto gosta - "Época" afirma que os sindicalistas formam uma nova classe social que dirige fundos de pensão e empresas estatais. Com isso, influenciam na execução de orçamentos de até R$ 200 bilhões!
Com 60 parlamentares no Congresso Nacional, dois mil cargos de confiança no governo e o controle dos principais fundos de pensão (90% originários da CUT, segundo a revista), esse magote de sindicalistas seriam os cristãos-novos da classse dominante do país.
A fragilidade dos argumentos da revista salta aos olhos. Em primeiro lugar, todos os governantes do país, do presidente da República ao prefeito do menor município, sempre indicaram pessoas de sua confiança para colaborarem na administração. O presidente Lula, obviamente, não iria nomear quadros da oposição para seu governo.
No arraial dos tucanos a coisa funciona do mesmo jeito. O Serra, quando foi prefeito de São Paulo, inundou a prefeitura com ex-prefeitos do interior. A maioria deles nem conhecia a Capital, mas os indicados foram responsáveis pela gestão das sub-prefeituras paulistanas. Nesse caso, claro, a imprensa não deu um pio.
Em segundo lugar, é um grande preconceito achar que a pessoa, por ser sindicalista, não pode ocupar cargos de responsabilidade no governo. Essa visão conservadora quer considerar reserva de mercado das elites o exercício de altas funções públicas. O melhor exemplo para demolir essa tese furada é o Lula, ele próprio um sindicalista , celebrado no mundo todo ao ocupar o mais alto cargo da República.
Por último, a matéria tem claro viés eleitoreiro. A revista tenta passar aos incautos a imagem de que o Brasil do futuro, moderno e mais avançado, precisaria expurgar os trabalhadores dessas funções. Insinua até que esse tema deveria pautar o debate. No fundo, é uma campanha para o voto na oposição neoliberal.
Apesar de todas essas ressalvas, cabe um alerta ao sindicalismo. Independentemente de quem esteja no governo, as organizações sindicais precisam valorizar e preservar sua autonomia na luta em defesa dos interesses dos trabalhadores. Sindicalismo chapa-branca não tem futuro.
A prioridade do movimento sindical é a organização e a luta, essa é uma verdade acaciana. Sem prejuízo disso, é legítimo que líderes sindicais ocupem espaços nos parlamentos e nos governos, para amplificar a demanda dos trabalhadores.
A necessidade de manter a independência do movimento sindical diante dos governos, dos patrões e dos partidos não é sinônimo de abstinência política, como prega a revista. Sindicalista consciente e inteligente sabe que eleger Dilma e derrotar o conservadorismo neoliberal é um imperativo da luta atual dos trabalhadores.
domingo, 9 de maio de 2010
19º. Copa do Mundo
De 11 de junho a 11 de julho próximos, a África do Sul sediará a 19ª. edição da Copa do Mundo. Trinta e duas seleções nacionais, divididas em oito grupos, participarão deste segundo evento esportivo mais importante do planeta (depois das Olimpíadas), o primeiro realizado na África.
A seleção brasileira está no topo do ranking da Fifa e é considerada uma das favoritas. Das 18 Copas já realizadas, em dez vezes o Brasil ficou entre os quatro melhores: venceu cinco vezes, foi duas vezes vice-campeão, duas vezes terceiro colocado e uma vez quarto.
Única seleção a participar de todas as Copas e a única a faturar dois títulos em outro Continente (1958, na Suécia, 2002, Japão)*, o Brasil jogou 92 partidas, com 64 vitórias, 14 empates e 14 derrotas. Marcou 201 gols e sofreu 84. O maior artilheiro de todas as Copas, com 15 gols, é o brasileiro Ronaldo, atual camisa nove do Poderoso Timão.
As outras seleções com maior performance são a Itália com 4 títulos, Alemanha, com 3, Argentina e Uruguai com dois. Inglaterra e França venceram uma vez cada uma. No total, a América do Sul e a Europa empatam com nove títulos cada uma.
Se o Brasil conquistar o hexacampeonato este ano na África do Sul, uma hipótese bastante plausível, poderá ampliar bastante sua hegemonia no futebol mundial, principalmente por que, em 2014, o país voltará a ser sede da competição.
Seja como for, a febre da Copa atinge o Brasil e o mundo. Um único dado atesta tudo isso: a última final da Copa, em 2006, foi assistida pela televisão por 1,1 bilhão de pessoas. Nesta terça-feira, portanto, o técnico Dunga, ao anunciar os jogadores convocados para a Copa, se tornará a maior celebridade nacional do dia.
(*) Paulo Bretas me lembrou do título de 2002 (vide comentário).
A seleção brasileira está no topo do ranking da Fifa e é considerada uma das favoritas. Das 18 Copas já realizadas, em dez vezes o Brasil ficou entre os quatro melhores: venceu cinco vezes, foi duas vezes vice-campeão, duas vezes terceiro colocado e uma vez quarto.
Única seleção a participar de todas as Copas e a única a faturar dois títulos em outro Continente (1958, na Suécia, 2002, Japão)*, o Brasil jogou 92 partidas, com 64 vitórias, 14 empates e 14 derrotas. Marcou 201 gols e sofreu 84. O maior artilheiro de todas as Copas, com 15 gols, é o brasileiro Ronaldo, atual camisa nove do Poderoso Timão.
As outras seleções com maior performance são a Itália com 4 títulos, Alemanha, com 3, Argentina e Uruguai com dois. Inglaterra e França venceram uma vez cada uma. No total, a América do Sul e a Europa empatam com nove títulos cada uma.
Se o Brasil conquistar o hexacampeonato este ano na África do Sul, uma hipótese bastante plausível, poderá ampliar bastante sua hegemonia no futebol mundial, principalmente por que, em 2014, o país voltará a ser sede da competição.
Seja como for, a febre da Copa atinge o Brasil e o mundo. Um único dado atesta tudo isso: a última final da Copa, em 2006, foi assistida pela televisão por 1,1 bilhão de pessoas. Nesta terça-feira, portanto, o técnico Dunga, ao anunciar os jogadores convocados para a Copa, se tornará a maior celebridade nacional do dia.
(*) Paulo Bretas me lembrou do título de 2002 (vide comentário).
quinta-feira, 6 de maio de 2010
IPEA: Participação do Trabalho na Renda Nacional
O IPEA - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - é vinculado à Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República. Seu atual presidente, o professor Marcio Pochmann, apresentou no último dia 5 de maio um estudo denominado Distribuição Funcional da Renda pré e pós Crise Internacional no Brasil.
O Comunicado do IPEA é importante por que permite avaliar tanto a trajetória da distribuição funcional da renda no país como os impactos das políticas governamentais para melhorar ou piorar a participação relativa do trabalho na renda nacional.
O estudo explica que os quatro principais itens determinantes da participação relativa do trabalho na renda nacional são os seguintes: 1) rendimento médio real dos ocupados; 2) nível de ocupação; 3) produtividade do trabalho; 4) PIB.
Com base nesses critérios, o IPEA constata que no período compreendido entre 1959/1960 a 1999/2000, a participação do trabalho na renda nacional caiu de 56,6% do PIB para 48%, queda, portanto, de 29,3%. A contrapartida foi o aumento do chamado rendimento da propriedade (lucro, juros, alugueis, renda da terra, entre outros).
A piora para a renda do trabalho foi mais intensa na década de 90 (período, registre-se, do governo FHC) e na década de 80 (fim do regime militar e início do Governo Sarney), as duas décadas de menor expansão econômica no século XX no Brasil, coincindindo com a maior concentração da renda.
Na primeira década do século XXI (Governo Lula), começa a redução da desigualdade e maior participação do trabalho na renda nacional. Em 2008/2009, por exemplo, a fatia do trabalho aumentou 9,5%, chegando a 43,6% do PIB, contra 40% nos anos 1999/2000.
O problema, finaliza o documento, é que no período pós-crise a economia se recupera via aumento da produtividade do trabalho, sem acompanhamento, no mesmo ritmo, do aumento real do rendimento do trabalho e do nível de ocupação.
Se essa tendência não for estancada, pode-se retomar o ciclo vicioso mais favorável ao capital em detrimento do trabalho. Quem tiver interesse, recomendo a leitura na íntegra do Comunicado, disponível no www.ipea.gov.br.
O Comunicado do IPEA é importante por que permite avaliar tanto a trajetória da distribuição funcional da renda no país como os impactos das políticas governamentais para melhorar ou piorar a participação relativa do trabalho na renda nacional.
O estudo explica que os quatro principais itens determinantes da participação relativa do trabalho na renda nacional são os seguintes: 1) rendimento médio real dos ocupados; 2) nível de ocupação; 3) produtividade do trabalho; 4) PIB.
Com base nesses critérios, o IPEA constata que no período compreendido entre 1959/1960 a 1999/2000, a participação do trabalho na renda nacional caiu de 56,6% do PIB para 48%, queda, portanto, de 29,3%. A contrapartida foi o aumento do chamado rendimento da propriedade (lucro, juros, alugueis, renda da terra, entre outros).
A piora para a renda do trabalho foi mais intensa na década de 90 (período, registre-se, do governo FHC) e na década de 80 (fim do regime militar e início do Governo Sarney), as duas décadas de menor expansão econômica no século XX no Brasil, coincindindo com a maior concentração da renda.
Na primeira década do século XXI (Governo Lula), começa a redução da desigualdade e maior participação do trabalho na renda nacional. Em 2008/2009, por exemplo, a fatia do trabalho aumentou 9,5%, chegando a 43,6% do PIB, contra 40% nos anos 1999/2000.
O problema, finaliza o documento, é que no período pós-crise a economia se recupera via aumento da produtividade do trabalho, sem acompanhamento, no mesmo ritmo, do aumento real do rendimento do trabalho e do nível de ocupação.
Se essa tendência não for estancada, pode-se retomar o ciclo vicioso mais favorável ao capital em detrimento do trabalho. Quem tiver interesse, recomendo a leitura na íntegra do Comunicado, disponível no www.ipea.gov.br.
O Diabo Mora nos Detalhes
Ontem à noite fui ao Pacaembu ver o jogo do Corinthians contra o Flamengo. Dos times classificados para a fase do mata-mata, o Timão foi o primeiro e o Mengo o último. Mas esse critério, válido em algumas competições, não é usado para a Libertadores.
Por isso, o Corinthians dançou por que, mesmo vencendo, foi vazado uma vez em casa e não marcou na partida de ida. E é nesse detalhe que mora o diabo. Não marcar jogando fora torna o time refém de qualquer fatalidade.
O resultado e a classificação do Flamengo foram justos. O Corinthians jogou melhor no primeiro tempo e fez dois, o Mengo foi melhor no segundo tempo e fez um. Choramos com a amarga vitória e eles riram com a doce derrota.
A torcida corintiana, que uma vez mais foi um espetáculo de empolgação, comportou-se com altivez na derrota, aplaudindo o denodado esforço dos jogadores. Mano Menezes, finalmente, colocou três atacantes (Ronaldo, Dentinho e Jorge Henrique), para reeditar o esquema tático vitorioso de 2009. Ronaldo voltou a jogar bem, sem ser excepcional, Dentinho encarnou o sentimento da Fiel e o Jorge Henrique ficou aquém do esperado.
Agora, resta o Brasileirão no ano do Centenário. Com o atual time, as chances não são das maiores. a não ser que haja alguns reforços estratégicos, principalmente no meio de campo e no ataque.
Por isso, o Corinthians dançou por que, mesmo vencendo, foi vazado uma vez em casa e não marcou na partida de ida. E é nesse detalhe que mora o diabo. Não marcar jogando fora torna o time refém de qualquer fatalidade.
O resultado e a classificação do Flamengo foram justos. O Corinthians jogou melhor no primeiro tempo e fez dois, o Mengo foi melhor no segundo tempo e fez um. Choramos com a amarga vitória e eles riram com a doce derrota.
A torcida corintiana, que uma vez mais foi um espetáculo de empolgação, comportou-se com altivez na derrota, aplaudindo o denodado esforço dos jogadores. Mano Menezes, finalmente, colocou três atacantes (Ronaldo, Dentinho e Jorge Henrique), para reeditar o esquema tático vitorioso de 2009. Ronaldo voltou a jogar bem, sem ser excepcional, Dentinho encarnou o sentimento da Fiel e o Jorge Henrique ficou aquém do esperado.
Agora, resta o Brasileirão no ano do Centenário. Com o atual time, as chances não são das maiores. a não ser que haja alguns reforços estratégicos, principalmente no meio de campo e no ataque.
terça-feira, 4 de maio de 2010
Todos à Conferência Nacional da Classe Trabalhadora!
Passados os atos de celebração do 1º de Maio, Dia Internacional dos Trabalhadores, a agenda sindical tem uma prioridade máxima: a mobilização para a Conferência Nacional da Classe Trabalhadora, a realizar-se no próximo dia 1º de junho, terça-feira, em São Paulo.
Nesse dia, são esperados 30 mil trabalhadores de todo o país para debater uma plataforma unitária do sindicalismo brasileiro para o próximo período. Além de reafirmar a luta em defesa do salário, do emprego e dos direitos, o sindicalismo se propõe a importante tarefa política de discutir um projeto de nação que privilegie os interesses de classe dos trabalhadores.
A luta pelo desenvolvimento com valorização do trabalho, soberania nacional, democracia e integração solidária latino-americana são os eixos centrais do documento a ser elaborado pelas centrais, tudo sob a coordenação do Dieese.
Nas próximas semanas serão definidos o horário e o tempo de duração da Conferência, bem como o documento-base para debate. Depois de aprovada, a plataforma será apresentada aos candidatos a presidente da República. A primeira a receber deve ser Dilma Rousseff, de longe a que conta com maior simpatia entre os trabalhadores e suas representações sindicais.
Com unidade, plataforma única e intervenção política afirmativa, os trabalhadores ocupam papel protagonista nesta grande encruzilhada em que se encontra o país: ou se mantém e se aprofunda o ciclo progressista inaugurado pelo presidente Lula, ou o Brasil recua para o conservadorismo neoliberal.
Uma luta de dimensão estratégica, para a qual os trabalhadores não podem se omitir. Muito pelo contrário. É a grande prioridade política do ano. A palavra de ordem, portanto, não pode ser outra: avançar, avançar, avançar, como diz, com razão, Dilma.
Nesse dia, são esperados 30 mil trabalhadores de todo o país para debater uma plataforma unitária do sindicalismo brasileiro para o próximo período. Além de reafirmar a luta em defesa do salário, do emprego e dos direitos, o sindicalismo se propõe a importante tarefa política de discutir um projeto de nação que privilegie os interesses de classe dos trabalhadores.
A luta pelo desenvolvimento com valorização do trabalho, soberania nacional, democracia e integração solidária latino-americana são os eixos centrais do documento a ser elaborado pelas centrais, tudo sob a coordenação do Dieese.
Nas próximas semanas serão definidos o horário e o tempo de duração da Conferência, bem como o documento-base para debate. Depois de aprovada, a plataforma será apresentada aos candidatos a presidente da República. A primeira a receber deve ser Dilma Rousseff, de longe a que conta com maior simpatia entre os trabalhadores e suas representações sindicais.
Com unidade, plataforma única e intervenção política afirmativa, os trabalhadores ocupam papel protagonista nesta grande encruzilhada em que se encontra o país: ou se mantém e se aprofunda o ciclo progressista inaugurado pelo presidente Lula, ou o Brasil recua para o conservadorismo neoliberal.
Uma luta de dimensão estratégica, para a qual os trabalhadores não podem se omitir. Muito pelo contrário. É a grande prioridade política do ano. A palavra de ordem, portanto, não pode ser outra: avançar, avançar, avançar, como diz, com razão, Dilma.
domingo, 2 de maio de 2010
Faixas carimbadas
Santos, Grêmio e Vitória foram campeões com derrotas. Suas faixas foram carimbadas, como se diz no jargão futebolístico. As manchetes desses jogos, "ipso facto", vem sempre acompanhadas da terrível conjunção adversativa mas ... - Perderam, mas ...
Eu assisti aos dois jogos finais do Paulistão, pela TV, e a sensação, para generalizada surpresa, foi o futebol moleque e envolvente do ... isso mesmo, do Santo André. No jogo deste domingo, além de ganharem por três a dois, os andreenses foram prejudicados com a anulação de um gol legítimo e ainda meteram duas bolas na trave, uma das quais no finalzinho da partida, que seria a bola do título.
O título santista foi justo por que, como reverbera o nosso Bertolino, santista fanático, vale o conjunto da obra. A vida segue e surge a pergunta que não quer calar: haverá desmanche nos dois times mais bem posicionados entre os paulistas? No caso do Santo André haverá, o que é uma pena.
Quanto ao Corinthians e sua saga em busca da Libertadores do Centenário, há um problema fenomenal a resolver. A defesa e o meio de campo vão relativamente bem, mas o técnico Mano Menezes trocou um atacante por um volante e o Ronaldo está fora de forma.
Essa mudança tática, associada ao mini-desmanche depois do título invicto do Paulistão e da Copa Brasil 2009 tiraram o Corinthians do eixo. Virou um time previsível. Antes jogávamos com três caras ofensivos (Ronaldo, Dentinho e Jorge Henrique) com Elias, Cristian e Douglas formando um compacto meio-de-campo.
Agora, o nosso Ronaldo flana na intermediária, Souza, Iarley estão abaixo da crítica e o técnico não escala mais Dentinho e Jorge Henrique como titulares ao mesmo tempo. Haja coração para tentar reverter tudo na quarta-feira!
Eu assisti aos dois jogos finais do Paulistão, pela TV, e a sensação, para generalizada surpresa, foi o futebol moleque e envolvente do ... isso mesmo, do Santo André. No jogo deste domingo, além de ganharem por três a dois, os andreenses foram prejudicados com a anulação de um gol legítimo e ainda meteram duas bolas na trave, uma das quais no finalzinho da partida, que seria a bola do título.
O título santista foi justo por que, como reverbera o nosso Bertolino, santista fanático, vale o conjunto da obra. A vida segue e surge a pergunta que não quer calar: haverá desmanche nos dois times mais bem posicionados entre os paulistas? No caso do Santo André haverá, o que é uma pena.
Quanto ao Corinthians e sua saga em busca da Libertadores do Centenário, há um problema fenomenal a resolver. A defesa e o meio de campo vão relativamente bem, mas o técnico Mano Menezes trocou um atacante por um volante e o Ronaldo está fora de forma.
Essa mudança tática, associada ao mini-desmanche depois do título invicto do Paulistão e da Copa Brasil 2009 tiraram o Corinthians do eixo. Virou um time previsível. Antes jogávamos com três caras ofensivos (Ronaldo, Dentinho e Jorge Henrique) com Elias, Cristian e Douglas formando um compacto meio-de-campo.
Agora, o nosso Ronaldo flana na intermediária, Souza, Iarley estão abaixo da crítica e o técnico não escala mais Dentinho e Jorge Henrique como titulares ao mesmo tempo. Haja coração para tentar reverter tudo na quarta-feira!
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