domingo, 18 de janeiro de 2009

Cazuza


Precocemente falecido aos 32 anos, o vocalista e letrista do Barão Vermelho foi um dos maiores nomes do rock brasileiro e um poeta de aguda sensibilidade. Um dos congressos do PCdoB foi realizado sob a consigna "O Tempo não para - o socialismo vive", para enfrentar os ásperos tempos de desmoronamento do chamado socialismo real. A música abaixo talvez tenha algo a ver com tudo isso.
O Tempo Não Pára

Composição: Cazuza / Arnaldo Brandão

"Disparo contra o sol Sou forte, sou por acaso Minha metralhadora cheia de mágoas Eu sou um cara Cansado de correr Na direção contrária Sem pódio de chegada ou beijo de namorada Eu sou mais um cara Mas se você achar Que eu tô derrotado Saiba que ainda estão rolando os dados Porque o tempo, o tempo não pára Dias sim, dias não Eu vou sobrevivendo sem um arranhão Da caridade de quem me detesta A tua piscina tá cheia de ratos Tuas idéias não correspondem aos fatos O tempo não pára Eu vejo o futuro repetir o passado Eu vejo um museu de grandes novidades O tempo não páraNão pára, não, não pára Eu não tenho data pra comemorar Às vezes os meus dias são de par em par Procurando uma agulha num palheiro Nas noites de frio é melhor nem nascer Nas de calor, se escolhe: é matar ou morrer E assim nos tornamos brasileiros Te chamam de ladrão, de bicha, maconheiro Transformam o país inteiro num puteiro Pois assim se ganha mais dinheiro A tua piscina tá cheia de ratos Tuas idéias não correspondem aos fatos O tempo não pára Eu vejo o futuro repetir o passado Eu vejo um museu de grandes novidades O tempo não pára Não pára, não, não pára Dias sim, dias não Eu vou sobrevivendo sem um arranhão Da caridade de quem me detesta A tua piscina tá cheia de ratos Tuas idéias não correspondem aos fatos O tempo não pára Eu vejo o futuro repetir o passado Eu vejo um museu de grandes novidades O tempo não pára Não pára, não, não pára".
Bom, eu fui na base do ctrl c e ctrlv e mantive, por economia processual, o acento no "pára", extinto na última reforma ortográfica.
Mas o que eu queria dizer mesmo é o seguinte: nossas palavras precisam corresponder aos fatos. Correspondem?

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