domingo, 18 de janeiro de 2009

Mao

Meus primeiros passos em direção à literatura marxista foram dados com textos de Mao Tse Tung sobre as contradições. Desde aquele tempo, me chamou a atenção a forma didática como Mao explicava a materialidade do mundo e a interpretação do mundo pela concepção chamada de materialismo histórico.
Contradição principal e aspecto principal da contradição, contradição antagônica e contradição não antagônica, contradição no seio do povo e por aí vai. Vários foram os conceitos que Mao traduzia em lingua simples, direta, compreensível para os vis mortais.
Dessas lembranças das contradições, uma outra também serve de fio condutor para as nossas análises políticas, como, por exemplo, a existência de três grandes contradições no mundo contemporâneo, onde uma delas pode ser a principal, em um determinado momento, pode deixar de existir ou se transformar.
As três contradições: 1) capital x trabalho, 2) imperialismo x nações dependentes e 3) contradições interimperialistas ajudam a firmar a política de alianças e a amplitude da frente, o inimigo principal, os aliados permanentes e provisórios, etc. e tal.
Compreender bem esses ensinamentos do materialismo dialético e sua aplicação à história é essencial para se localizar bem na luta e entender, também, as três vertentes de acumulação de força que o PCdoB sustenta: 1) as lutas sociais, 2) lutas parlamentares institucionais e 3) luta de idéias.

A foto acima é do Mao, mas quem imortalizou esse pensamento foram Marx e Lênin, daí por que os que se apoiam nessa tradição analítica se colocam como marxista-leninista. Mas, dizam os mestres, essa teoria não é um dogma e sim um guia para a ação.
Desenvolver a teoria, ser criativo em sua aplicação, respeitar as particularidades nacionais, não se aferrar a modelos únicos e entender bem a transição do capitalismo para o socialismo são as questões nodais.

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