segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Serra/Alckmin

A informação de que Geraldo Alckmin assumirá o cargo de secretário de Desenvolvimento do governo Serra é cheia de significados.
O primeiro deles é que a candidatura presidencial de Serra avança a passos largos. Recompor com o antecessor foi uma grande jogada.
Igualmente astuta é a tática serrista de não entrar em choque com o Lula e, ao mesmo tempo, procurar uma relação de não beligerância com o PT no estado. A oposição ao governador é residual na Assembleia e mesmo fora dela.
Com o generoso apoio da mídia, que amplifica suas virtudes reais ou imaginárias e joga debaixo do tapete as lambanças de sua administração, Serra segue firme e forte para ser o nome da oposição conservadora.
É verdade que o Aécio também sonha em ser uma opção, mas no ninho dos tucanos parece altamente improvável essa hipótese. Neste fim-de-semana, as lideranças nacionais e de São Paulo do Dem já firmaram um pacto segundo o qual o governador José Serra será o coordenador do processo eleitoral de 2010.
Só falta o Michel Temer faturar a presidência da Câmara para o circo ficar todo montado. Em meio a tudo isso, o ressurgimento das más notícias: dezembro, por exemplo, segundo os dados do Caged (cadastro geral de empregados e desempregados do Ministério do Trabalho e Emprego), foi o mês com recorde de desemprego: 654.946 o saldo negativo!
O campo das forças progressistas precisará atuar em vários campos: dar resposta satisfatória para a crise, construir unidade política e social ampla, preservar a popularidade do presidente e apresentar a perspectiva de um novo governo mais avançado. Não é um desafio pequeno, penso eu cá com os meus botões e o meu arraigado pessimismo.

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